domingo, 24 de junho de 2018

Minha cara mentade

ciumento
alto
carinhoso e muito mais

Eu quero você. E com você viver todas as coisas lindas que o amor pode oferecer

Acriatividade nao me falta 


A evolução da língua portuguesa no tempo

A evolução da língua portuguesa no tempo
Do indo-europeu ao latim

O  estudo comparado de diversas línguas  da Europa e da Ásia levou os linguistas a pensar que  estas  terão  derivado   de uma lingua  comum : o indo europeu. Com excepção do basco, todas as linguas oficiais dos países da Europa ocidental pertencem a quatro ramos da família indo-europeia :  o helénico ( grego ), o românico ( português italiano, francês e castelhano ),  o germânico ( inglês e alemão ) e o céltico ( irlandês e gaélico ). Um quinto ramo , o eslavo, engloba diversas linguas actuais da Europa oriental.   
 Do latim as linguas românicas
O latim era lingua falada no lacio região de Roma , que se propagou alem fronteiras com aromanizacao – o processo de conquista territorial e dominação cultural efectuado pelos Romanos .
   O latim apresenta diferentes variedades e registos linguísticos : latim clássico e o latim vulgar. Foi esta ultima variedade  que se espadiu com a romanizacao  pois era a lingua utilizada pelos legionários , os soldados que participaram na expansão do império romano . o latim sofreu  modificações e diferenciações  originado  primeiro os romanços  e , depois , as linguas românicas ou novilatinas, constituído pelas seguintes linguas : português , espanhol , italiano , frances , romeno, sardo e provençal.


Influencia de outros povos
O SUBSTRATO
a)      O substrato celta
Os povos  que habitavam a região  da península ibérica antes da romanizacao falavam outras línguas, sobretudo a celta. Os povos  vencidos tenham adoptado a língua dos vencedores ( os Romanos ), foram também transportados para o latim termos dessas línguas autóctones . o latim foi , assim, ganhando novas palavras oriundas da língua celta que se falava na península ibérica.
  Exemplo de palavras de origem celta : camisa , carro, saia, carpinteiro , Lisboa, Coimbra, Évora.



O SUPERSTRATO  
a)      O superstrato germânico
Por volta do século V d. C., os povos germânicos invadiram a península ibérica.
Como possuíam uma cultura inferior, adoptaram a língua dos vencidos ( o latim ), mas introduziram-lhe palavras da língua.
 Exemplos de palavras de origem germânica : guerra , arreio, bradar, galope, marchar, roubar, luva, orgulho, dardo, casa, raça, Afonso, Fernando, gomes.
b)      O superstrato árabe
No século VII, a península  sofreu uma nova invasão, desta vez pelos Árabes.
A presença árabe prologou-se por  vários séculos e , assim, muitas palavras de origem árabes entraram na língua portuguesa ( muitas delas iniciadas por al): alcool, alambique, alecrim, alfaiate, algarismo, armazém, azul, garrafa, fatia, oxalá, xadrez, xarope e muitas outras.

Do português arcaico ao português moderno

PORTUGUES ARCAICO ( DE FINS DO SECULO XII AO SECULO XVI )
Neste período , o português evolui sem influencia de outras línguas .  Ate meados  do século XIV , esteve associado ao galego, originando o galego-português ou galaico-português .
Considera-se que o português nasceu oficialmente no século XIII, quando D.Dinis legislou que todos os documentos fossem escritos em português.

PERIODO CLASSICO ( DO SECULO XVI AO SECULO XVII)
 Com a expansão marítima, nos séculos XV e XVI, a língua portuguesa passou a ser falada em muitas regiões de África , Ásia e Alemanha , tendo sido, nesta altura, enriquecida com vocábulos provenientes dessas culturas.
A partir do século XII, com a intensificação das relações comercias e culturais de  Portugal com outros  países europeus, vários termos de outras línguas foram adoptados pela língua portuguesa: são os estrangeirismos.


PERIODO MODERNO ( SECULO XVIII EM DIANTE )
Alem da evolução  sofrida pela língua portuguesa resultante do contacto com outras línguas, também a necessidade de nomear novos objectos e novas realidades vai dando origem a criação de novas palavras : os neologismos.




Evolução fonética
 Mutas palavras do português prove do latim e resultam de transformações sofridas ao longo de séculos, quase sempre pela tendência de os falantes reduzirem o esforço ao pronunciar alguns sons.
          Fenómeno
                      Exemplo
Queda
Attonitu>tonito>tonto
Plenum>pleno
Adição
Stare> estar
Humile> humilde
Permuta
Semper> sempre
Absente> ausente

Evolução semântica
A evolução semântica consiste na alteração de significado de certas palavras, ao longo dos tempos.

Significado antigo
Significado actual
barba
Queixo, rosto, mento
Camada pilosa que cobre partes do rosto
calamidade
Vendável que destruía colheita
Desgraça de grandes proporções
cara
Mais querida
Rosto ( raciocínio: partes mais querida do corpo)
Desastre
Perda de um astro
Acidente, desastre, sinistro, fatalidade, fruto do azar
ministro
Escravo, servidor
 Cargo superior ( raciocínio: significado distante do sentido humilde que tinha)





 O português da África
A partir do contacto que o português teve com as línguas africanas, através da expansão levada a cabo pelo processo de colonização , a língua foi ganhando outras variedades que divergem da norma portuguesa de maneira mais ou menos acentuada quanto á pronuncia, á gramática e ao vocabulário. Contudo, tal diferenciação não é suficiente para impedir a comunicabilidade entre os falante, nem a superioridade de uma variedade em detrimento de outra.
  Em certos casos, o português, entrando em  contacto com algumas línguas de África , deu origem aos crioulos-linguas originadas a partir da aglutinação de outras: são os casos de crioulos de Cabo Verde e da Guine.


O português de Moçambique

Moçambique é um pais que apresenta um panorama linguístico bastante diversificado.
Falam-se varias línguas derivadas da antiga língua bantu, algumas das quais são: kimwani, shi-makonde, ci-yao, cinyanja, e-makhua, e-chuado, ci-nyungue, ci-sena, ci-balke, ci-shna, gitonga, ci-copi, xi-ronga, xitswa, xi-xangana  e vários outros dialectos destas línguas.
                                                     
      O português é a língua  oficial do pais, eleita após a Independência Nacional.
Naturalmente, este é influenciado pelas línguas nativas e pelas suas variedades dialectais, distribuídas por diferentes espaços físicos do pais: por isso, legitimo falar-se de falares locais do português em Moçambique. Assim, os macuas , por exemplo, irão expressar-se em português diferentemente dos Cenas, dos Nyugues ou dos Ndaus, no que respeita a vários aspectos da gramática.
Vejamos, seguidamente, as diferentes mudanças da línguas portuguesa falada em  algumas regiões de Moçambique.

Especificidade do português de Moçambique
As diferenças entre o português-padrao e o português falado em Moçambique são visíveis a vários níveis:

* Classe lexical ( pronomes, artigos e preposições )
Exs.: o meu pai agarrou ele ( agarrou-o ).;
           Tinha cortado cabelos ( cortado os cabelos ).
× Concordância ( números, géneros, pessoa, tempo, modo e voz )
  Exs.: para que as coisas crescer melhor ( cresçam melhor ).;
           Chegou a dizer que não tens vergonha ( que ele não tinha vergonha ).
* Escolha lexical dos verbos, nomes e adjectivos
   Exs.:  indivíduos passageiros ( que estão de passagem).
* Semântica ( atribuição de novos significado a palavras do português )
    Exs.: Chegaram as estruturas ( responsáveis do Governo ).
* Casos como : calamidade = roupa em segunda mão ; pasta = mala ( saco ) de mão ; situação = problema; crise = guerra
* Ordem sintáctica
Ex,: eu estou cada vez mais a pintar ( estou a pintar cada vez mais )
* Concordância  nominal e verbal
Ex: os  seminaristas tinha…(tinham)
* regência verbal
Ex: despediu os pais á saída ( despediu-se dos).
Nem ler e escrever não sabem ( nem ler e escrever sabem )

Léxicos sintaxe
·         Casos de verbos que exigem uma determinada preposição (regência verbal)
Exs, Eu concordo disso (com isso).
         Eu tinha de ir participar um curso na Suécia (num);
         Ensina os pais a respeitar aos pais (os);
         Não tem amor os filhos  aos);
         Tem de passar da cidade (na);
          Fico admirado naquilo que estou a ver (com aquilo);
          Foi na altura que eu separei com os amigos (dos);
          Os alunos também abusam a eles (deles);
          Sai nas forcas armadas (das);
          Era muito mimada com os pais (pelos);
          Tenta trabalhar fim-de-semana (no fim-de-semana).  


domingo, 7 de junho de 2015

O Estado dos Mwenemutapas Origem

Neste presente trabalho irei abordar o seguinte tema: o Estado dos Mwenemutapa onde dentro dele iremos encontrar a sua origem, as actividades económicas, a organização político-administrativa, a estrutura socioeconómica, a ideologia, a decadência e os seus factores.





 O Estado dos Mwenemutapas
Origem

Na desintegração do Grande Zimbabwe nascem dois Estados:
·         O de Torwa, com capital em Khami, na região do Grande Zimbabwe;
·         O de Mwenemutapa, com capital em Dande, localizada entre os rios Mazoe e Luía.
Por volta de 1450, Mutota, chefe do clã Rozwi, abandona a região do planalto do Zimbabwe com os seus seguidores em direcção ao vale do Zambeze, fixando-se na região de Dande, criando o Estado de Mwenemutapa. A partir de Dande e através de guerras de conquista, Mutota e, mais tarde, o seu filho Matope, dominam os reinos vizinhos, formando um império cujos limites se estendiam do Zambeze ao Limpopo  e do oceano indico  ao deserto do Kalaari.

 


   A agricultura continuava a ser a principal base económica. Era como parente que o indivíduo tinha acesso à terra, que não podia ser vendida nem alienada.
   Dedicavam-se também à pastorícia, à mineração do ouro, ao artesanato e ao comércio. O comércio a longa distancia e a mineração do ouro eram controlados pela aristocracia dominante. Os Shonas-Karanga trocavam o ouro por tecidos e missangas, que, com o tempo, ascenderam à categoria de bens de prestígio. A principal forma de exploração económica era a cobrança do tributo.


O poder central localizava-se entre os rios Luía e Mazoe e estava circundado por uma cintura de Estados vassalos ou satélites, entre os quais se encontravam sedanda, Quissanga, Quiteve, Manica e Báruè Maungwe, alem de outros.
 As classes dominantes desses Estados, constituídas por parentes dos Mwenemutapas e por estes nomeados, tinham a tendência de se rebelar quando o poder central enfraquecia.




A estrutura político-administrativa pode ser representada da seguinte forma:


Mwenemutapa – Chefe Supremo

Mazarira, Inhaahanda e Nambuzia – as três principais mulheres do soberano, com funções importantes na administração.

  Nove altos-funcionarios – responsáveis pela defesa, comércio, cerimonias magico-religiosas, relações exteriores, festas, etc.


                    Mambos – chefes dos reinos conquistados.


                          Fumos ou Encosses – chefes provinciais.


                Mukuru ou Mwenemusha – chefes das mushas (comunidades aldeãs).

       Linhagem – unidade produtiva de base, constituída por parentes consanguíneos.

A articulação entre a aristocracia dominante e as comunidades aldeãs encerrava relações de exploração de homem pelo homem, materializadas pelas obrigações e direitos que cada uma das partes tinha para com a outra.
As comunidades aldeãs (mushas), sob a direcção dos mwenemushas, garantiam com o seu trabalho a manutenção e a reprodução da aristocracia e esta concorria para o equilíbrio e reprodução social de toda a sociedade shona, com o desenvolvimento de inúmeras actividades não directamente produtivas.

Obrigações das mushas                  
   * Impostos em trabalho:

* Mineração do ouro, quer para alimentar o comércio a longa distância, quer para a importação de produtos que, na sociedade shona, ascendiam à categoria de bens de prestígio (os jazigos auríferos situavam-se sobretudo nas terras planálticas – Chidima, Dande, Butua e Manica)
* prestação de sete dias de trabalho mensais nas propriedades dos chefes (zunde);                  
* construção de casas para membros das classes dominantes;                                                     
   * transporte de mercadorias de e para os estabelecimentos comerciais.

* imposto em géneros:

* Primícias das colheitas (tributo simbólico) e uma parte da produção (tributo regular);
* Marfim, pelas e penas de alguns animais e aves, respectivamente;
* Materiais para a construção da classe dominante: pedras, palhas, etc.
* Obrigações da classe dominante:
* Orientar as cerimónias de invocação das chuvas;
* Garantir a segurança das pessoas e dos seus bens;
* Assegurar a estabilidade política e militar no território;
* Servir de intermediário entre os vivos e os vivos e os mortos;
* Orientar as cerimónias magico-religiosas para evitar cheias, epidemias, calamidades naturais, etc.

A religião foi um factor integrador fundamental do sistema político mwenemutapa. Proprietários de < <saber>> da fecundidade da terra e depositários da ordem do mundo, os Mwenemutapas constituíam os antídotos mais eficazes contra deserdem. A sua morte significa o caos ( choriros).
Praticava-se o culto aos espíritos dos antepassados – os Muzimus.os Muzimus mais respeitados e temidos eram os de reis. Os especialistas que garantiam a ligação entre os vivos e os mortos eram chamados de swikiros (também denominados pondoros ou mondoros). Associados ao poder político, os swikiros eram o suporte das classes dominantes.

Com este tratado, o imperador deixou de representar e executar a votade os antepassados e tornou-se desmerecedor do cargo que ocupava.
A revolta do Changamire Dombo significou o inicio do desmembramento do império dos Mwenemutapas. O ciclo do ouro e inicio do ciclo de marfim na margem esquerda do Zambeze.



·         A fixação de mercadores português na costa moçambicana a partir de 1505 e a ocupação de Sofala, introduzindo profundas transformações na estrutura sociopolítica e económica da sociedade shona;
·         Os conflitos interdinástico;
·         A intervenção dos português nos assuntos internos do Estado;
·         Desenvolvimento dos prazos no vale do Zambeze;
·         A intensa cristianização prosseguida pelos missionários.



Neste presente trabalho concluí que o Estado dos Mwenemutapas nasceu de desintegração do Estado do Zimbabwe, por volta de 1450, e a sua base de sobrevivência era a agricultura, pastorícia, mineração do ouro, artesanato e o comercio.
E a sua organização politica estava dividida por, Mwenemutapa que era o chefe supremo, mambos, fumos ou emcosses mukuru ou mwenemusha e pela linhagem, a sua estrutura socioeconómica esta dividida em dois níveis distintas: a comunidade aldeã (musha ou incube) e a aristocracia dominante. A religião foi um factor integrador fundamental do sistema político mwenemutapa.

Alguns factores, conflitos interdisnasticos contribuíram para a decadência dos Mwenemutapas.